Empreender se aprende no ensino médio
Conforme a pesquisa feita pelo Sebrae a partir de dados recentes da PNAD Contínua sobre o empreendedorismo jovem no Brasil, o número de pessoas entre 18 e 29 anos que são donos de negócio saltou de cerca de 3,9 milhões para 4,9 milhões, um crescimento de aproximadamente 25 % no período de 2012 a 2024. No post de hoje você fica sabendo que empreender se aprende no ensino médio.

Empreender no ensino médio
Diante desse cenário, pensamos: é viável que um estudante do ensino médio inicie um negócio enquanto ainda está na escola? Que tipo de apoio a escola pode oferecer nesse processo? De acordo com a docente de Português do Ensino Médio Senac Caxias do Sul, Thais Piccoli Dalzochio, a escola pode ser um ótimo local de experimentação. “Certa vez ouvi de uma ótima professora que, na escola, proporcionamos um ‘treino para a realidade’. Indo um pouco mais a fundo, a escola é um ambiente em que se dão as primeiras práticas sociais dos estudantes fora do âmbito familiar; assim, é espaço de interagir, comunicar, construir a auto-imagem a partir do contraste com o outro, produzir e criar em um ambiente controlado para depois ir para o mundo. Empreender acontece a todo o momento na escola: quando estimulamos o aluno a se envolver em um projeto, a criar soluções, a entregar um resultado que demanda atuação em grupo, a gerir ações e pessoas em torno de um objetivo”, afirma.
Portanto, para Thais, a escola pode e deve ser um espaço para aflorar a atitude empreendedora, por meio da priorização de atividades que a estimulem no estudante. “Com essa atitude como base, é a partir da escola que ele pode vislumbrar a criação de um negócio, mesmo que só se concretize posteriormente. A base é criada na sala de aula”, enfatiza.
Estímulo ao espírito empreendedor
A escola que permite ao estudante práticas que demandem sua autonomia estará criando uma base para o espírito empreendedor. Tomada de decisão, trabalho em equipe, autorregulação, gestão de tempo e recursos são ações que o aluno irá aprimorar para depois atuar no mundo. “Então, o ambiente escolar que estimula o empreender é aquele em que lançamos desafios aos estudantes. Pedimos para que reflita, identifique um problema e proponha uma solução, crie um protótipo, justifique e argumente sobre ele”, explica Thais.
Iniciativas empreendedoras na escola
Thais relata conhecer casos de estudantes que iniciaram iniciativas empreendedoras ainda na escola e destaca os fatores que mais contribuíram para o sucesso deles.
A docente comenta que viu habilidades sendo colocadas em prática no projeto Miniempresa, realizado pela ONG Junior Achievement, na qual os estudantes do 2º ano do Ensino Médio Senac Caxias do Sul criaram uma empresa que mantiveram por três meses, envolvendo desde a criação e fabricação do produto até a venda e gestão financeira da marca. “Eles idealizaram um produto para limpar calçados. Criaram fórmulas, desenvolveram, realizaram testes. Decidiram em conjunto, atuaram na produção, na criação da marca, na manutenção dos canais de comunicação, na venda e na gestão financeira. Ao final, venderam todas as unidades fabricadas, retornaram 100% de lucro sobre o investimento feito pelos acionistas e ainda doaram boa parte dos lucros a instituições de caridade”, afirma.
Por fim, a docente conta que os jovens tiveram o auxílio de gestores de empresas que ofereceram seus conhecimentos diretos na área. “O que pudemos observar foram atitudes autônomas e criativas dos estudantes, criadas lá na base, na sala de aula, nas disciplinas de formação básica. Por meio de projetos dinâmicos que fogem da aula tradicional, estimulamos os estudantes para a atitude empreendedora. Então, eles empregam os conhecimentos das diversas áreas de forma crítica, criativa e proativa para criar soluções que melhorem o mundo”, conclui.
E aí, gostou de saber como o Ensino Médio do Senac-RS capacita jovens talentos para o mundo do empreendedorismo? Clique aqui e conheça nossas escolas!