Saúde mental: como lidar com estresse, ansiedade e burnout
O mês de setembro é marcado por reflexões sobre saúde mental e valorização da vida. No post de hoje, vamos falar sobre saúde mental: como lidar com estresse, ansiedade e burnout, reforçando a importância de manter esse cuidado durante todo o ano, quebrando tabus e incentivando o apoio coletivo.

Segundo a enfermeira Carol Engers Piumato, coordenadora do curso Técnico em Enfermagem do Senac Novo Hamburgo, abordar o tema é fundamental. “Falar sobre saúde mental rompe o silêncio e ajuda a reduzir o estigma. Quanto mais se fala, mais pessoas entendem que pedir ajuda é um ato de coragem e que sofrimento psicológico não é fraqueza”, destaca.
Sinais de alerta que merecem atenção
Alterações de sono, irritabilidade, queda no rendimento no trabalho ou nos estudos, queixas físicas frequentes, isolamento social e exaustão persistente são alguns sinais que podem indicar estresse, ansiedade ou burnout. De acordo com Carol, esses sintomas podem ser semelhantes e, por isso, é essencial procurar avaliação profissional.
Burnout: quando o cansaço não passa
Enquanto o cansaço comum melhora após o descanso, evidencia a coordenadora, o burnout é um estado de esgotamento crônico, que não desaparece mesmo após uma boa noite de sono. Entre os sintomas, estão a falta de motivação, sentimentos de inutilidade, irritabilidade e apatia.
Saúde mental: caminhos para o autocuidado

Para prevenir problemas de saúde mental, a enfermeira orienta a adoção de pequenas atitudes no dia a dia:
1️⃣ Estabelecer limites claros entre estudo/trabalho e descanso;
2️⃣ Praticar atividade física regularmente;
3️⃣ Garantir momentos de lazer e desconexão digital;
4️⃣ Manter alimentação equilibrada e hidratação;
5️⃣ Usar técnicas de relaxamento, como respiração e meditação;
6️⃣ Buscar ajuda profissional sempre que necessário.
No home office, por exemplo, Carol reforça a importância de separar os espaços. “É fundamental não realizar todas as atividades no mesmo local. Por exemplo, ter um espaço para o trabalho e outro para as refeições ajuda a organizar mente e corpo”, orienta.
A importância da rede de apoio

Segundo a coordenadora, o apoio de familiares, amigos e colegas pode fazer toda a diferença. Escutar sem julgamentos, validar sentimentos, incentivar a busca por ajuda profissional e estar presente, mesmo em silêncio, são atitudes que contribuem para o bem-estar de quem está passando por dificuldades.
O papel da enfermagem e da educação na saúde mental
Durante a formação, explica Carol, os profissionais de enfermagem recebem preparo para acolher e identificar sinais de sofrimento psíquico. Além do atendimento direto, esses profissionais orientam famílias e comunidades, reforçando a importância da informação de qualidade para combater preconceitos.
Nesse sentido, instituições de ensino como o Senac-RS têm um papel fundamental: oferecer espaços de escuta, promover palestras, rodas de conversa e apoio psicopedagógico, além de estimular hábitos saudáveis entre estudantes e comunidade.
Mais do que Setembro Amarelo
Embora o mês seja simbólico, a coordenadora reforça que a prevenção do suicídio e o cuidado com a saúde mental devem ser constantes. “Cada gesto de escuta, empatia e acolhimento pode fazer diferença na vida de alguém”, conclui.