La bella Itália (ou Parla!): que tal aprender italiano vendo filmes?
Foi em 1985, há mais de 100 anos, que o os irmãos Lumière nos presenteavam com a exibição do primeiro filme da história. Desde lá, o cinema conquistou adeptos pelo mundo todo, formando até os famosos cinéfilos. À primeira vista, as películas pareciam ser apenas um momento de lazer e diversão, mas com o passar do tempo e globalização muitos, também, viram a oportunidade de praticar ou até mesmo aprender um novo idioma. Que tal dar uma volta ao Velho Mundo e aproveitar umas dicas da professora do curso de Italiano, Morvane Boiani, do Senac Erechim, para aprender italiano vendo filmes?
Dos clássicos aos atuais – um pouco da história dos filmes italianos
A história do cinema italiano começa alguns meses depois dos irmãos Lumière realizarem as primeiras exibições de filmes. O primeiro filme italiano tinha apenas alguns segundos, mostrando o Papa Leão XIII dando uma bênção à câmera.
A indústria de filmes italianos nasceu entre 1903 e 1908 com três empresas: a Società Italiana Cines, a Ambrosio Film e a Itala Film. O cinema foi depois usado por Benito Mussolini, que fundou o renomado estúdio Cinecittà em Roma, para a produção de propaganda fascista até a Segunda Guerra Mundial.
Renomados diretores de cinema
Notáveis diretores de filmes italianos incluem Vittorio De Sica, Federico Fellini, Sergio Leone, Pier Paolo Pasolini, Luchino Visconti, Michelangelo Antonioni e Roberto Rossellini. Alguns dos quais são reconhecidos entre os maiores e mais influentes produtores de filmes de todos os tempos. E aí? Já começou a arranhar a pronúncia com esses nomes? É um bom começo para começar a aprender italiano!
Tesouros do cinema mundial para você aprender italiano
Dentre os filmes, inclui-se riquezas como:
Ladri di biciclette
La dolce vita
8½
Il buono, il brutto, il cattivo
C’era una volta il West.
Da mesma forma, nos anos 1950, outros gêneros, como o Musicarello, o Peplum e Spaghetti Western, foram populares. Atrizes como Sophia Loren, Giulietta Masina e Gina Lollobrigida alcançaram estrelato internacional durante esse período.
Suspenses eróticos italianos, ou giallos, produzidos por diretores como Mario Bava e Dario Argento nos anos 1970, também influenciaram o gênero do horror mundialmente. Recentemente, as produções italianas têm recebido atenção internacional apenas ocasionalmente com filmes como A Vida é Bela, dirigido por Roberto Benigni; Il Postino, com Massimo Troisi e A Grande Beleza, dirigido por Paolo Sorrentino.
Além disso do entretenimento, a cultura, conforme a professora Morvane, é muito importante para o aprendizado de um novo idioma. Cinema, artes, música e muitos outros aspectos também são trabalhados no curso de Italiano do Senac Erechim.
Abaixo, veja três obras para você aprender italiano vendo filmes
Hollywood do Tibre
Nos anos 1950, o número de produções internacional sendo feitas no Cinecittà levaram Roma a ser apelidada de “Hollywood do Tibre”. Mais de 3 mil produções foram feitas, das quais 90 receberam uma nomeação da Academy Award e 47 delas ganharam, do cinema clássico a filmes premiados mais recentes (Ben-Hur, Romeu e Julieta, O Paciente Inglês, Gladiador, A Paixão de Cristo, e Gangs of New York).
Dessa forma, a Itália é o país mais laureado na Academy Awards para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, com 14 prêmios ganhos, três premiações no Oscar Honorário e 31 nomeações para o Oscar.
Confiram um pequeno resumo de alguns clássicos e escolha com qual deles você vai começar a sua jornada!
Cinema Paradiso – Giuseppe Tornatore (1988)
Nesse clássico do cinema italiano, o menino Totó (Salvatore Cascio/Marco Leonardi) se encanta pelo cinema e inicia uma grande amizade com o projecionista de sua pequena cidade, Alfredo (Philippe Noiret), que se torna sua figura paterna. Já adulto e agora um cineasta bem-sucedido, uma notícia inesperada faz Totó relembrar de sua infância e saudosa relação com o mentor.
La Dolce Vita – Federico Fellini (1960)
O filme franco-italiano foi apresentado em Cannes em 1960 e logo se tornou um sucesso de crítica. Acompanhamos as aventuras de Marcello (Marcello Mastroianni), um jornalista que escreve para tablóides sensacionalistas, quando passa a cobrir a visita da atriz hollywoodiana Sylvia Rank, por quem fica fascinado. Entre festas e eventos frequentados pela elite da cidade, como herdeiros e celebridades, o protagonista passa por um processo de autoconhecimento, descobrindo um novo sentido para sua vida em meio a todas as situações em que se envolve.
O filme é uma crítica social à sociedade da época, mas que pode, facilmente, ser traduzida para os tempos modernos, se mantendo atual até hoje. Indicado ao Prêmio BAFTA de Melhor Filme e ao Oscar de Melhor Roteiro Original, La Dolce Vita foi o vencedor do Oscar de Melhor Figurino Preto e Branco, dentre outros prêmios. O longa foi também considerado um dos 1000 melhores filmes de todos os tempos pelo The New York Times em 2004.
A Vida é Bela – Roberto Benigni (1997)
Durante a Segunda Guerra Mundial na Itália, o judeu Guido (Roberto Benigni) e seu filho Giosué (Giorgio Cantarini) são levados para um campo de concentração nazista. Longe da esposa, ele usa a imaginação para proteger o filho de toda a violência que os cercam, fazendo a criança acreditar que estão participando de uma grande brincadeira.
A emocionante trama concorreu com o filme nacional “Central do Brasil” no Oscar de 1999 e levou a estatueta de Melhor Filme Estrangeiro, além das categorias de Melhor Ator, Melhor Trilha Sonora e mais de 20 outros prêmios.
E para aqueles que querem assistir alguns filmes que foram lançados há pouco tempo, seguem algumas sugestões: Rosa e Momo, Ilha das Rosas, Zero (série), Vilarejo submerso, 18 regali, As correntes de San Patrignano, Luna Nera, Baby.
E aí, gostou das dicas?
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