Lugar de mulher é na Ciência sim!


Você sabia que foi uma mulher que criou o primeiro algoritmo da história? ?‍? Que nós usamos a expressão “deu um bug” graças a uma pioneira da computação que foi consertar sua máquina e encontrou um inseto nela? ? Que ainda nos anos 70, havia uma mulher desenvolvendo jogos na Atari? ? E que se você está lendo esse texto no celular conectado no wi-fi isso é graças a uma mulher nascida em 1914? ? Pois é, lugar de mulher foi – e é – na Ciência sim.

Em fevereiro, comemoramos o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência (11). Apesar da participação feminina ter sido maciça na área em tempos antigos, atualmente temos estatísticas alarmantes. Dados da Unesco mostram que apenas 5% a 10% das mulheres no mundo ocupam funções de responsabilidade no campo das ciências. No Brasil, de acordo com o CNPq, as mulheres correspondem 43,7% das pesquisadoras e esse número é ainda menor em cargos de liderança na ciência. ?? Sabemos que representatividade importa, então nesse post, você vai conhecer a Eduarda, nossa docente, e a Júlia e a Kelen, nossas alunas. E elas vão te mostrar que lugar de mulher é na Ciência também sim!

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A TI sem a contribuição das mulheres: como seria?

Antes de pontuar o atual cenário, é preciso explorar a história da mulher na ciência e na tecnologia, conforme aponta a docente da área da Tecnologia da Informação (TI) do UniSenac – Porto Alegre, Eduarda Monteiro. ? “Falar da história ‘não contada’ da mulher nessa área tão importante é essencial. Sem dúvidas, quando uma ‘mulher da TI’ lê sobre a história da outra – sobre o que ela criou, desenvolveu e conquistou – diferentes sentimentos se misturam: orgulho, coragem, representatividade…”, afirma.

Eduarda destaca que atualmente o sexo masculino é predominante, mas que as mulheres já ocuparam maciçamente as salas de aula de TI. “Os números absolutos hoje mostram o crescimento gradativo das mulheres na tecnologia. Por outro lado, infelizmente, estes números ainda representam percentual baixo. ??‍? O panorama atual representa a mulher – retornando – gradativamente para o cenário que ela contribuiu para construção, aquilo que hoje todos chamam de “tecnologia da informação”. Como seria a área da tecnologia hoje sem a contribuição da mulher? Você saberia responder?”, questiona a docente.

Uma dica: procure por nomes como Ada Lovelace, Hedy Lamarr, Grace Hopper e Carol Shaw. ?

Sonho e legados de mulheres

? Júlia Alves Dornelles é ex-aluna do curso Superior de Tecnologia em Análise de Desenvolvimento de Sistemas no UniSenac – Porto Alegre e atualmente está empreendendo na área da TI. Ela conta que nunca havia pensado na TI antes, mas já amava a área de jogos e tecnologia. “Era viciada em Super Mario e Donkey Kong. Comecei na área, pois fiz um curso de python na internet e amei como podíamos manipular e construir os códigos. Depois disso, trabalhei um ano em uma empresa sendo QA (Analista de Qualidade, em português). Como o próprio nome diz, o(a) desenvolvedor(a) desta área é responsável pela qualidade do produto. Mas agora toco meu próprio projeto”, revela.

? Já a também ex-aluna do curso de Técnico em Desenvolvimentos de Sistemas no Senac Tech, Kelen Luzia Rohde Vargas, descobriu numa conversa com uma amiga que a TI poderia, sim, tornar-se um sonho. “Eu sabia que queria sair da zona de conforto, sempre fui da área de administração e atendimento ao público e eu queria mudar pra algo totalmente diferente do que eu já tinha vivido. Me inscrevi no Senac Tech e ali eu vi que eu teria uma base mais sólida. Foi através do Senac, por meio de um programa de bolsas com a parceria da Compass UOL, que eu consegui uma oportunidade de vivenciar mais a TI. Eu vi que TI é pra mim e estou no caminho certo”, analisa.

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Júlia, à direita, e Kelen, à esquerda: nossas mulheres na TI.

Elas programa, elas desenvolvem, elas inspiram

Nós podemos e devemos trilhar a carreira que desejarmos. Assim como em todas as áreas, haverão desafios. Mas se soubermos e contarmos o legado da mulher na história da tecnologia, as meninas que ‘sonham’ com uma carreira na área saberão que uma das principais responsáveis por trazer a Internet neste país é uma professora que vive na capital do Rio Grande do Sul chamada Liane Tarouco (empossada no Internet Hall of Fame). ✔️ Lendo a história, conhecendo as personagens, saberemos responder muitas coisas para nós mesmas e para sociedade”, revela a docente do UniSenac – Porto Alegre.

Kelen endossa as palavras da Eduarda e acredita que a diferença entre homens e mulheres atuando na área está diminuindo. “Conheço mulheres incríveis que estão neste ramo e ajudaram muito na minha trajetória. ? São mulheres que me inspiram sempre, como minha grande amiga Denise Giacomolli, que me apresentou esse mundo e hoje é uma grande PO (Product Designer). Minha ex-professora do Senac Tech, Andressa Dellay, que nas suas aulas foi essencial no meu aprendizado e crescimento e hoje é uma excelente Gestora de Projetos. A Tamires Rio que fez transição de carreira e hoje é uma PO (Product Designer) incrível”.

? E também tem mulher inspirando e divulgando conteúdo na internet de graça! Eduarda apresenta algumas:

Stephanie Cardoso – desenvolvedora backend (@dev_steph);

Karina Tronkos – UX/UI (@ninatalks);

Rafaella Ballerini – desenvolvedora (@rafaballerini);

Larissa Vesper – fullstack (@laris.code);

Adriana Saty – desenvolvedora frontend (@adriana.saty).

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A docente Eduarda em ação.

Vale a pena!

? Júlia afirma que sua experiência como mulher no ambiente corporativo na área da TI foi muito boa. “O que me surpreendeu bastante. Nunca me senti diminuída por causa do meu gênero ou que tenha perdido alguma oportunidade por isso. Mas, claro, era evidente o fato de que pouquíssimas mulheres trabalham na área. Em uma equipe de 10 pessoas eu era a única mulher. Agora estou no processo de abrir uma empresa com um projeto de IOT (internet das coisas) que fiz no próprio Senac”, disse.

Se tem algo a dizer para as mulheres que desejam atuar no segmento? Júlia é enfática: “Não seja parada pelos ‘grandes’ tabus da área de TI, sejam eles seu gênero, a matemática, a lógica, ou qualquer outro. Com o esforço e dedicação, a área tem muitas oportunidades incríveis, com pessoas incríveis. Se é o que você gosta e quer, simplesmente faça! Vale a pena”, conclui. ?

“A tecnologia também foi, é e será das mulheres sempre”

A docente Eduarda finaliza fazendo um convite para as mulheres que desejam ingressar na área da TI: “Seja bem-vinda, vamos conversar sobre a tecnologia, sobre a ciência! ? Na compreensão da história, talvez você se surpreenda positivamente e se questione porque nunca soube nada disso. Pois é, hoje estamos passando por um momento que representamos a minoria… este período vai passar, já está em processo de mudança“.

E ela complementa com aquele que pode ser o conselho fundamental para quem está iniciando nesse mundo: procure apoio e apoie. “As mulheres da tecnologia precisam se unir em redes de apoio, fortalecendo umas às outras com cuidado, respeito e carinho. Entre em contato com outras meninas, se conecte, pois essa rede irá te acolher, muito provável que faça você perceber que somos “curiosamente” parecidas (e que você não é e não está só) e que a tecnologia também foi, é e será das mulheres sempre!”, incentiva. ??‍???‍???‍?

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